GRUPO: MARCOS ANTONIO DINIZ
SUELI DE PAULA LARANJA DOS SANTOS
ROSEMERY DE OLIVEIRA
ADRIANA PASSOS RODRIGUES
Toda a prática educativa contém explicita ou implicitamente, teorias ou tendências pedagógicas vinculadas a uma determinada postura ideológica. Se, por um lado, a prática educativa depende de uma teoria pedagógica que dê consistência ao ato educativo por outro lado a teoria pedagógica depende da prática como forma de explicitá-la.
O filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, é uma sátira a vida urbana nos EUA logo após a crise de 1929. É uma crítica a sociedade industrial e ao mecanicismo, que faz com que o homem mais do que simplesmente trabalhar numa linha de montagem, seja transformado em máquina, sem criatividade e, principalmente, sem identidade.
O homem hoje deixou de ser considerado pelas empresas como uma peça de engrenagem e passou a ser valorizado como capital humano.
A melhor definição das diferenças entre a escola oriunda do sistema Taylorista e Fordista com a escola da sociedade de informação, vem de Cleber Martins: “Educação ensina a pensar. Adestramento ensina a ter educação”.
SISTEMA TAYLORISTA E FORDISTA
A separação entre planejamento e execução no trabalho, defendida pelos teóricos da época, dividia as pessoas em dois grupos: os poucos que pensam e os muitos que se limitam a obedecer.
O modelo de Taylor baseava-se na racionalização do trabalho e repetição de rotinas, através da aplicação do método científico na administração, com o intuito de garantir o menor custo-benefício aos sistemas produtivos. Ele acreditava que o homem podia ser programado/treinado para a realização de uma determinada tarefa, simplificada e padronizada, sem necessitar entender o processo produtivo como um todo ou possuir habilidades maiores do que as exigidas para o trabalho. Com isso, permitia-se a especialização do trabalhador e o aumento dos índices de produtividade.
Taylor preocupava-se muito com a análise metodológica do trabalho e defendia que, tanto chefe como subordinados, deviam saber o que fazer e fazê-lo bem.
São marcantes nesse modelo os seguintes princípios:
1- princípio de planejamento;
2- princípio de preparo dos trabalhadores;
3- princípio de controle;
4- princípio da execução.
O modelo de Henry Ford, tem como principal característica a fabricação em massa. Ele projetou um sistema de linha de montagem e desenvolveu uma esteira mecânica que trazia o trabalho ao homem. O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de produção e baratear o produto final para que chegasse a um maior número de consumidores. Neste sistema também não era necessária a utilização de mão-de-obra qualificada, já que cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção.
A aprendizagem era direcionada e isto gerava a falta de conhecimento sobre todas as etapas de produção e baixa qualificação profissional. Racionalização, divisão de trabalho, mecanização, linha de montagem, produção de massa e padronização, são as principais características do Fordismo.
Os modelos Taylorismo e Fordismo na educação objetivam DOMINAR E DISCIPLINAR e apresenta algumas características marcantes no processo ensino aprendizagem:
1- a decoreba sem reflexão;
2- atomização das tarefas nas propostas de métodos de alfabetização;
3- a falta de criatividade;
4- submissão a autoridade;
5- busca de resultados rápidos;
6- despersonalização para assumir as regras;
7- conteúdos abstratos e desconexos, sobre carga de fragmentados sem conexão uns com outros, que só são aceitos baseados na repetição e na autoridade;
8- poucas pessoas na elaboração das diretrizes escolares;
9- preocupação em manter as aparências: apresentar exercícios caprichados, não falar sem permissão manter a ordem nas filas;
10- notas como prioridade, assim como o salário do trabalhador.
É inconcebível pensar que nos dias de hoje, na era do conhecimento, onde a informação está em cada esquina (internet, jornal, revista, televisão, rádio...) ainda existe um estilo taylorista/fordista de educação: burocrática, hierarquizada, formal e que valoriza mais a obediência do que o aperfeiçoamento profissional.
É inconcebível pensar na linha de montagem de universidades, que visam basicamente o lucro, e produzem em massa e a baixos custos, duvidosos profissionais.
É inconcebível que nos dias de hoje ainda subsista o modelo de educação bancária, onde o aluno é mero receptor dos conhecimentos que lhe são depositados
É inconcebível que setores de trabalho, como o de telemarketing, ainda apresentem características do modelo de produção baseado na racionalização do trabalho e na repetição de rotinas.
Como a sociedade de informação é muito competitiva, quem não se prepara ou se adequa a ela pode ser marginalizado.
E para que não se crie um abismo econômico e social, é necessário investir em políticas educacionais que apostem na aprendizagem ao longo da vida como padrão educativo. A escola precisa evoluir de forma a preparar o homem para esta sociedade cada vez mais exigente. Ele precisa aprender a mastigar a informação e digeri-la. Ser inovador e criativo, isto é, não apenas adquirir uma qualificação profissional, mas também competências que o tornem apto a enfrentar as mais diversas situações.
O educador, no contexto em que os meios de comunicação (mais do que a escola passaram a disseminar informação), deixou de ser o “detentor do saber”. E passou a incentivar a pesquisa e valorizar o espírito crítico. Ele passou a ensinar a pensar. E pensar não é repetir ou simplesmente reproduzir.
O homem hoje deixou de ser considerado pelas empresas como uma peça de engrenagem e passou a ser valorizado como capital humano.
A melhor definição das diferenças entre a escola oriunda do sistema Taylorista e Fordista com a escola da sociedade de informação, vem de Cleber Martins: “Educação ensina a pensar. Adestramento ensina a ter educação”.
“Não basta saber ler que Eva viu a uva."
"É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”.
Paulo Freire