quinta-feira, 15 de setembro de 2011

PROJETO INTERDISCIPLINAR POLITICA EDUCACIONAL

GRUPO: MARCOS ANTONIO DINIZ
                SUELI DE PAULA LARANJA DOS SANTOS
                ROSEMERY DE OLIVEIRA
                ADRIANA PASSOS RODRIGUES


Toda a prática educativa contém explicita ou implicitamente, teorias ou tendências pedagógicas vinculadas a uma determinada postura ideológica. Se, por um lado, a prática educativa depende de uma teoria pedagógica que dê consistência ao ato educativo por outro lado a teoria pedagógica depende da prática como forma de explicitá-la.


O filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, é uma sátira a vida urbana nos EUA logo após a crise de 1929. É uma crítica a sociedade industrial e ao mecanicismo, que faz com que o homem mais do que simplesmente trabalhar numa linha de montagem, seja transformado em máquina, sem criatividade e, principalmente,  sem identidade.


O homem hoje deixou de ser considerado pelas empresas como uma peça de engrenagem e passou a ser valorizado como capital humano.

A melhor definição das diferenças entre a escola oriunda do sistema Taylorista e Fordista com a escola da sociedade de informação, vem de Cleber Martins:  “Educação ensina a pensar.  Adestramento ensina a ter educação”.

SISTEMA TAYLORISTA E FORDISTA

A separação entre planejamento e execução no trabalho,  defendida pelos teóricos da época, dividia as pessoas em dois grupos: os poucos que pensam e os muitos que se limitam a obedecer.


O modelo de Taylor baseava-se na racionalização do trabalho e repetição de rotinas, através da aplicação  do método científico na administração, com o intuito de garantir o menor custo-benefício aos sistemas produtivos.  Ele acreditava que o homem podia ser programado/treinado para a realização de uma determinada tarefa, simplificada e padronizada, sem necessitar entender o processo produtivo como um todo ou possuir habilidades maiores do que as exigidas para o trabalho.  Com isso, permitia-se a especialização do trabalhador e o aumento dos índices de produtividade.
Taylor preocupava-se muito com a análise metodológica do trabalho e defendia que, tanto chefe como subordinados, deviam saber o que fazer e fazê-lo bem.  
São marcantes nesse modelo os seguintes princípios:
1-   princípio de planejamento;
2-   princípio de preparo dos trabalhadores;
3-   princípio de controle;
4-   princípio da execução.


O modelo de Henry Ford, tem como principal característica a fabricação em massa. Ele projetou um sistema de linha de montagem e desenvolveu uma esteira mecânica que trazia o trabalho ao homem.  O objetivo principal deste sistema era reduzir ao máximo os custos de produção e baratear o produto final para que chegasse a um maior número de consumidores.  Neste sistema também não era necessária a utilização de mão-de-obra qualificada, já que cada trabalhador executava apenas uma pequena tarefa dentro de sua etapa de produção.




A aprendizagem era direcionada e isto gerava a falta de conhecimento sobre todas as etapas de produção e baixa qualificação profissional.  Racionalização, divisão de trabalho, mecanização, linha de montagem, produção de massa e padronização, são as principais características do Fordismo.

Os modelos Taylorismo e Fordismo na educação objetivam DOMINAR E DISCIPLINAR e apresenta  algumas características marcantes no processo ensino aprendizagem:
1-   a decoreba sem reflexão;
2-   atomização das tarefas nas propostas de métodos de alfabetização;
3-   a falta de criatividade;
4-   submissão a autoridade;
5-   busca de resultados rápidos;
6-   despersonalização para assumir as regras;
7-   conteúdos abstratos e desconexos, sobre carga de fragmentados sem conexão uns com outros, que só são aceitos baseados na repetição e na autoridade;
8-   poucas pessoas na elaboração das diretrizes escolares;
9-   preocupação em manter as aparências: apresentar exercícios caprichados, não falar sem permissão manter a ordem nas filas;
10-    notas como prioridade, assim como o salário do trabalhador.

É inconcebível pensar que nos dias de hoje, na era do conhecimento, onde a informação está em cada esquina (internet,  jornal, revista, televisão, rádio...) ainda existe um estilo taylorista/fordista de educação: burocrática, hierarquizada, formal e que valoriza mais a obediência do que o aperfeiçoamento profissional.



É inconcebível pensar na linha de montagem de universidades, que visam basicamente o lucro, e produzem em massa e a baixos custos, duvidosos profissionais.
É inconcebível que nos dias de hoje ainda subsista o modelo de educação bancária, onde o aluno é mero receptor dos conhecimentos que lhe são depositados
 É inconcebível que setores de trabalho, como o de telemarketing, ainda apresentem características do modelo de produção baseado na racionalização do trabalho e na repetição de rotinas.

Como a sociedade de informação é muito competitiva, quem não se prepara ou se adequa a ela pode ser marginalizado.

E para que não se crie um abismo econômico e social, é necessário investir em políticas educacionais que apostem na aprendizagem ao longo da vida como padrão educativo.  A escola precisa evoluir de forma a preparar o homem para esta sociedade cada vez mais exigente. Ele precisa aprender a mastigar a informação e digeri-la.  Ser inovador e criativo, isto é, não apenas adquirir uma qualificação profissional, mas também competências que o tornem apto a enfrentar as mais diversas situações. 

O educador, no contexto em que os meios de comunicação (mais do que a escola passaram a disseminar informação), deixou  de ser o “detentor do saber”. E passou a incentivar a pesquisa e valorizar o espírito crítico.   Ele passou a ensinar a pensar.  E pensar não é repetir ou simplesmente reproduzir.


O homem hoje deixou de ser considerado pelas empresas como uma peça de engrenagem e passou a ser valorizado como capital humano.

A melhor definição das diferenças entre a escola oriunda do sistema Taylorista e Fordista com a escola da sociedade de informação, vem de Cleber Martins:  “Educação ensina a pensar.  Adestramento ensina a ter educação”.


“Não basta saber ler que Eva viu a uva."


"É preciso compreender qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir a uva e quem lucra com esse trabalho”.
Paulo Freire



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