domingo, 11 de setembro de 2011

Projeto Interdisciplinar de Políticas Educacionais – 2º Período de Pedagogia

Grupo Inovar-Integrantes: Fábio Henrique Teixeira Leandro (P00909) e Vera Ely Almeida Gomes (P00902)

Taylorismo, também conhecido como organização científica do trabalho, consiste no aumento da produtividade através subdivisão do trabalho onde, utilizando medições científicas, baseia-se na criação de um método de racionalização das atribuições funcionais com a elaboração de tempos-padrão para execução das tarefas.

Já o Fordismo representou a evolução do Taylorismo, utilizando-se dos argumentos de Frederick Taylor, Henry Ford desenvolveu a primeira linha de produção no mundo em sua indústria automobilística, com o objetivo de baratear os custos de produção e tornar seu produto mais acessível à população. Nesta linha de produção, mantinha-se a idéia de Taylor da subdivisão de tarefas, mas recebia algo novo, pois, com a linha de produção, o trabalho chega até o operário ao invés do mesmo ir busca-lo, aumentando, assim, as horas produtivas. Com sua automação rígida, viabilizada pelas escalas rigorosas de trabalho, atingia-se a maximização da produção com a estocagem do excedente. Os dois modelos, o Taylorista e o Fordista, caracterizam-se pelo aumento da produtividade apenas satisfazendo às necessidades básicas do operário (satirizado no filme de Charles Chaplin – Tempos Modernos), sendo este um instrumento necessário apenas na execução daquela tarefa específica, provocando seu desconhecimento das demais etapas do processo.

Mais tarde, ao analisarmos o Japão no final da segunda guerra mundial, vivendo um período de a necessidade de reconstrução, conheceremos o que veria a ser chamado de Toyotismo. Uma evolução do sistema produtivo proposto, com algumas idéias contrárias aos princípios fordistas que predominava o setor produtivo até então. Este sistema, com investimento em educação e qualificação profissional, possibilitou a formação da multifuncionalização da mão-de-obra e a flexibilização da mecanização (opostos ao pensamento Fordista). Outros aspectos desta evolução do sistema produtivo foi o controle das etapas de produção e qualidade, o Just in time, conceito relacionado à produção por demanda, e a personalização dos produtos. Este último fortalece o consumidor na cadeia de suprimentos de tal forma que não basta apenas produzir, mas produzir atendendo-o plenamente na sua satisfação (mola-mestra que impulsiona a produção mundial).

Com o advento da internet, o mundo sofre um brusco processo de democratização da informação que torna obrigatória a inserção do individuo na era digital para que o mesmo possa acompanhar o dinamismo de uma sociedade que se forma com uma nova tendência: a tendência da tecnologia da informação (texto: sociedade da informação e seus desafios. - http://www.scielo.br/pdf/ci/v29n2/a09v29n2.pdf). Analisando este novo contexto, cremos que as escolas tayloristas e fordistas não atendem esta nova realidade social como um todo, pois são limitadoras do homem, enquanto membro de um processo produtivo. Desta forma, entendemos que a organização científica do trabalho e a necessidade da produção em escala, legado dos modelos tayloristas e fordistas, ainda estão presentes na base produtiva mundial, mas receberam contribuições que mudaram o perfil do proletariado cujas necessidades vão além daquelas previstas nas duas escolas. Hoje, a formação do indivíduo mais crítico e atento às mudanças proporcionadas pelo dinamismo social fomentado pela acessibilidade, qualidade e velocidade das informações, remete à inovação japonesa de flexibilidade e multifuncionalidade, inicialmente introduzida num pequeno processo fabril que mudou o mundo e configura, com algumas adaptações, uma tendência mundial de digitalização social de limites ainda desconhecidos.

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